Lula vs Trump: o choque de modelos econômicos que divide o mundo em Nova York

Presidente brasileiro defende que “pobreza é tão inimiga da democracia quanto o extremismo” enquanto americano aposta em tarifas como solução universal. Aliança Global contra a fome de Lula já reúne 103 países, mas Trump ameaça Europa com “tarifas muito rígidas” se não adotar protecionismo contra Rússia.

A Assembleia Geral da ONU virou palco da maior divergência econômica entre Brasil e Estados Unidos em décadas. De um lado, Lula apresenta a Aliança Global contra a Fome como estratégia de estabilização de mercados emergentes. Do outro, Trump promete “tarifas muito rígidas” contra a Rússia e critica a “farsa da energia verde”.

O modelo brasileiro ganhou tração internacional: 103 países já aderiram à aliança lançada no G20. A estratégia conecta estabilidade democrática com redução da pobreza, criando novos mercados para empresas brasileiras do agronegócio e tecnologias sociais.
“A pobreza é tão inimiga da democracia quanto o extremismo”, declarou Lula na tribuna da ONU.

Trump escolheu o caminho oposto. Criticou países da OTAN por comprarem gás russo “quando estão lutando contra a Rússia” e prometeu resolver conflitos através de tarifas punitivas. Para a Ucrânia, propôs que Estados Unidos e Europa imponham “tarifas muito rígidas” contra Moscou.

A divergência vai além da retórica. Enquanto o Brasil promulgou “uma das leis mais avançadas do mundo” para proteção digital infantil, Trump chamou a pegada de carbono de “farsa” e defendeu que países abandonem políticas de energia renovável para não “falharem”.

Wall Street precifica risco democrático enquanto fome volta a ameaçar estabilidade global

O secretário-geral da ONU, António Guterres, forneceu o contexto econômico que sustenta as posições brasileiras: o mundo gasta US$ 750 em armas para cada US$ 1 investido na construção da paz.

Com 670 milhões de pessoas ainda passando fome globalmente, gestores de investimento começam a incluir instabilidade social em suas análises de risco-país.

A Aliança Global brasileira surge como alternativa aos modelos baseados em sanções econômicas. Enquanto Trump promete resolver conflitos através de tarifas, o Brasil articula 103 países em torno de programas de transferência de renda e segurança alimentar.

Para empresas que operam globalmente, a divergência cria cenários opostos de compliance e oportunidades de negócio. O modelo multilateral brasileiro abre portas em mercados emergentes, enquanto o protecionismo americano pode fragmentar cadeias de valor e elevar custos operacionais.

A escolha entre cooperação e confronto econômico definirá não apenas relações bilaterais, mas a arquitetura dos negócios internacionais na próxima década.

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