O poder da narrativa na construção de um país

Ao longo da história, as nações que mais avançaram foram aquelas capazes de dominar a arte de comunicar — não apenas com palavras, mas com propósito. Em Angola, esse poder é ainda mais evidente: comunicar não é apenas informar, é inspirar consciências, unir diferenças e acelerar transformações sociais e económicas.

Vivemos um tempo em que o digital se tornou o novo território de influência. Se antes o poder da comunicação estava concentrado em poucos veículos, hoje ele é descentralizado, interativo e democrático, permitindo que ideias circulem com velocidade inédita. Quando bem utilizada, a comunicação fortalece instituições, projeta marcas, impulsiona empreendedores e cria pontes entre Estado, sociedade e mercado.

A juventude angolana é reflexo dessa nova era. Nunca estivemos tão conectados, tão curiosos e tão atentos ao mundo. Esse despertar coletivo oferece ao país uma oportunidade histórica: construir uma nova narrativa sobre Angola — moderna, positiva e capaz de inspirar orgulho interno e respeito externo.

Mas o poder da comunicação exige responsabilidade. Num mundo de excesso de vozes, ganha relevância quem comunica com ética, clareza e impacto real. Cabe aos comunicadores, jornalistas, líderes e criadores de conteúdo abrir caminhos, combater o ruído, elevar o debate e ajudar o país a pensar.

Angola está pronta para essa nova etapa. Temos talento, visão e voz. Falta apenas uma decisão coletiva: usar a comunicação não como arma de divisão, mas como instrumento de desenvolvimento.

Quando Angola dominar a sua própria narrativa, ninguém mais contará a nossa história por nós. E esse será o verdadeiro ponto de virada.

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