O papel do contato de emergência na gestão de crises corporativas

Todo mundo tem no celular aquele número marcado como contato de emergência. Pode ser a mãe, o parceiro, um amigo de confiança. É a pessoa que você sabe que vai atender na hora do aperto, sem enrolar, e que vai ajudar a dar o próximo passo. Esse contato não está ali por acaso: é sobre confiança, rapidez e clareza quando tudo parece fora de controle.

Eu, por exemplo, vivo esse papel em duas frentes. Sou gestora de comunicação em crises e, ao mesmo tempo, mãe de uma jovem adulta e de uma criança pequena. Na prática, em casa e no trabalho, acabo sendo a primeira ligação quando algo inesperado acontece.

Na comunicação corporativa, o paralelo é imediato: toda empresa precisa ter a sua versão desse “contato de emergência”: os grupos estratégicos de gestão de crise.

Esses grupos são formados por pessoas de diferentes áreas que, juntas, concentram as decisões, alinham informações e definem estratégias quando algo foge do controle. Funcionam como aquele número na agenda que a gente liga sem pensar duas vezes, porque sabe que vai responder rápido, com serenidade e eficiência.

O paralelo é simples: quando algo acontece, a primeira chamada precisa de resposta imediata. É assim comigo como mãe, e é assim com a comunicação em tempos de crise. Esse papel exige confiabilidade. Nem todo mundo pode estar nessa posição: é preciso preparo, calma e clareza para responder. O contato de emergência não resolve tudo sozinho, mas aciona a rede certa. Tanto em casa quanto na gestão de crises, o segredo está em organizar os próximos passos com rapidez e precisão.

Maternidade e comunicação: duas linhas diretas

Com uma filha mais velha e uma criança pequena, aprendi que ser o contato de emergência é um exercício constante de presença e resiliência. Uma mãe atende no meio da madrugada, improvisa protocolos na correria e, mesmo no caos, transmite segurança.

Na comunicação, o papel é muito parecido: ser acionada quando tudo desmorona, organizar os fluxos, transformar ruído em clareza e segurar a responsabilidade de ser “a primeira da lista” quando o telefone toca.

A grande pergunta

Por isso volto ao título: quem é o seu contato de emergência na crise?

Na vida pessoal e na reputação de uma marca, essa resposta precisa ser clara. Porque quando o telefone tocar no pior momento, seja de madrugada em casa ou em um momento crítico na empresa, não dá para deixar cair na caixa postal.

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